• A viagem começa com uma cagaço: apesar das estradas limpinhas já e sem neve, entro numa curva com uma depressão aonde, suponho, os carros ao balançar deixar neve na pista. Alguns metros a frente, um desmiolado retardado (não saberia achar outro nome) me acena um celular enlouquecidamente no meio da pista, na frente de sua camonionete recém batida no Guardrail.
• A reação de um ser humano normal é pisar no freio, logicamente; numa Toyota Rav4 V6 automática, com a marcha “engatada” no D (que não sei o que é) significa que você vai deslizar mais rapidamente do que se tivesse acelerado;
• Temendo o pior e achando que tinha acelerado, piso mais uma vez no freio com toda a força possível: enquanto o carro dá umas rodopiadas, de rabo de olho eu vejo uma cena que me alegrou muito: o sujeito do celular saindo correndo e pulando o guardrail e caindo do outro lado. Se for um alto e se ele se machucou um pouquinho, eu iria ficar um pouquinho satisfeito :D ;
• Sigo em direção a Calgary (boring trip em linha reta, basicamente, por mais de 200Km), aonde, segundo a Susan, eu apenos devo cruzar a cidade e ver os sinais que indicam Banff, e virar a direita;
• Sim, eu cruzo a cidade: ao ponto que chego a algumas cidades depois dela, a 50Km distante, sem ver uma mísera placa escrita “BANFF” e descobrir que to perdido. Os mapas funcionam, e 100Km e mais de uma hora depois, acho por uma milagre da natureza a via que liga Calgary a Banff, que é mencionada apenas beeem a frente. Neva muuuito, mas, não sei como, ela não cai ou gruda no parabrisa como a chuva: é sinal que a neve é mesmo muuuito fina, leve e (ótima noticia) muuuito boa pra snowboarding;
• Chego ao SameSun (mesmo Hostel que tinha em Revelstoke) as 4AM, o truck parecia um iglu. Do jeitinho que eu queria, é for sure o Hostel mais chulé da viagem inteira, até mais que o fatídico e cagado chiqueiro de Victoria. Além de ter que explicar ao atendente o motivo que me levou a viajar tarde da noite, o simpático e sonolento rapaz vem dá a noticia de que não poderia fazer check in aquela hora, e que o melhor era procurar a fromt desk agent da manhã;
• Rodo a cidade a bordo da Toyota feito um cachorro perdido, não vejo melhores deals no outro Hostel e acho uma rua meio escura: o sono bateu forte e tenho que dar uma cochilada. O lugar é o confortável porta mala da Rav4 com os bancos de passageiros reclinados, meio as minhas malas. Agradeci ao James nos meus sonhos pelo carro maravilhoso que ele me arrumou;
• Problema é que não consigo dormir pois preciso fazer pipi, mas sair na rua, as 5AM, nevando muito e marcando -3°C (com vento menos, for sure) não parece uma boa ideia. Mas meus olhos e minha mente brilhante enxergam o copo de café vazio da Petrocanada, e ele é perfeitamente enxido. A tampa (lid) complementa a obra prima;
• Vou ao Hostel as 7:45, e logo avisto a nova front desk agent. Apesar da coitadinha não ter culpa, como represália eu levo nas mãos o copo, com o liquido que você imagina, e jogo DELICADAMENTE na lixeira da recepção. Imaginando se eles só troquem o lixo no final do dia, pra aquela coisa feder o Hostel inteiro, interrogo a moça, e essa sim, me diz que posso entrar mesmo as 8AM e que posso ficar até mesmo as 11AM do dia seguinte!!! Agradeço a moça, mas digo que só vou ficar até umas 22h, pra dormir depois e um dia de snowboarding e seguir viagem pra Vancouver. Meus olhos azuis me garantem um quarto coletivo de seis camas, inteirinho pra mim, por 27 pratas ;) ;
• Chego ao Sunshine Village as 9AM (após tomar o café da manhã FOR FREE do Hostel, oferecido pela educada atendente) e só posso classificar meu dia como MARAVILHOSO. Umas das runs, que por sinal leva até o começo do resort, tem, dizem, 8Km de extensão, se contadas todas a “conexões”. Com ela eu desci até o fim, as 3PM (o resort fechava 4:30), porque minhas pernas não agüentava mais;
• Após muito hot chocolate for free no Hostel, sigo minhas 12 horas de viagem, e cá estou em Vancouver, já na quinta-feira.
Acessem: http://www.skibanff.com
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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